13/10/2016

MOÇAMBIQUE - 1914-1917 - Sobrecarga "REPUBLICA" local


É uma sobrecarga fácil de falsificar permitindo criar importantes raridades. Basta só pensar no interesse que o falsário pode ter em produzir o selo Af.81 da Zambézia (geralmente vendido a mais de EUR 1.000) partindo do Af.54 (valor de poucos euros).
 
Umas sobrecargas falsas são contudo fáceis de reconhecer. É o caso, por exemplo destes dois selos:


Foram vendidos em 2009 num leilão Pdias por EUR 15.00 apesar de a descrição estar clara que a sobrecarga era falsa. (A este propósito seria importante que os filatelistas debatessem sobre a razão que leva alguns deles a mostrar interesse por falsos filatélicos ou seja por objectos que podem ser produzidos a qualquer momento, em qualquer quantidade e numa variedade infinita de erros).

 

A sobrecarga falsa, além de algumas diferenças morfológicas com a original, foi imprimida numa cor característica, o que a torna facilmente identificável neste outro selo (vendido em 2012 no leilão 30 do CFP por EUR 28.00 sem nenhuma alerta sobre a falsificação).



Descrito como selo com sobrecarga dupla, não se entende como podia passar como tal com duas sobrecargas de cores diferentes. 

Ainda mais absurdo é o outro selo vendido no mesmo leilão por EUR 38.00 (preço de partida EUR 10 – portanto houve “luta” no leilão). Descrito sempre como selo com dupla sobrecarga, as tais duas sobrecarga são uma do tipo local e a outra (a original) do tipo da Casa da Moeda.



 


3 comentários:

  1. Excelente artigo.
    Pedia apenas se pode clarificar qual das sobrecargas é o tipo local e qual do tipo Casa da Moeda.
    Como se distingue uma da outra.
    Obg

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  2. A sobrecarga local, imprimida em Lourenço Marques, é composta por letras sem serifas (ex. primeira imagem) ao contrário do que se pode ver na sobrecarga imprimida em Lisboa (ex. ultima imagem, sobrecarga vermelha.

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  3. Excellente travail ! bravo à tous pour le partage de vos connaissances philatéliques. bonne continuation. Hugo

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